Alguém quer outro alguém para promover alguém e ajudar outros alguéns

Cada dia que passa pergunto-me com mais afinco onde vamos parar? 

Cada vez que surge um escândalo ou algo revelador, ficamos estagnados com o tanto que se dá volta para localizar um culpado, que na grande maioria das vezes não dá em nada e nós, brasileiros, ficamos como sempre a vez navios.
A ultima para nos deixar um pouco mais revoltado com a situação atual da nossa política é o exílio de luxo concedido ao ex-chefe da Abin, Paulo Lacerda.
Não sei nem por onde começar, pelo afastamento, pela operação, pela investigação que deu em nada... São tantas as possibilidades que acaba me deixando muito confuso.
Foi afastado pelo possível auxilio ao suposto grampo a Gilmar Mendes, investigação que até hoje não foi constatada nenhuma participação.
Então a lógica seria o mesmo voltar a assumir a chefia, né?
Errado, perdeu-se a confiança em alguém que nada fez.
Então o que fazer com esse honrado servidor?
Criar algum cargo para que o mesmo volte a ser prestigiado.
Perfeito, nada é provado e ninguém é condenado, doce ilusão.
Com o andar das investigações pela PF, deverá se concluir que se alguém ouviu a suposta conversa, ouviu atrás da porta e não pela linha telefônica de ambas as partes.
Só isso seria motivo mais do que suficiente para confundir a cabeça de nós, meros brasileiros, e criar uma novela digna de horário nobre.
Alguém faz um possível auxilio a um suposto grampo a um ministro qualquer, então surge o nome a esse alguém para poder ser investigado, afasta-se alguém e seus “colegas”, a investigação torna-se oficial e ganha repercussão nacional, com essa magnitude os possíveis suspeitos somem, volta-se a cena com um relatório que nunca existiu e com apurações que nunca iriam se esclarecer, prova-se que os supostos envolvidos são inocentes, e como forma de se redimir oferecem outros cargos para os mesmos, ponto.... Seria assim se o novo chefe da Agencia não fosse outro alguém, que tem muito mais interesse no caso e cargo que qualquer outro. Difícil compreender?
Simples.
O atual chefe da Abin nada mais é que alguém que dirigiu um fundo de pensão de uma empresa, que numa época remota pertencia a um atual investigado da PF, aquela que o suposto suspeito foi afastado por ajudar um velho amigo.
Liga não, ninguém entende mesmo essa camaradagem que existe por ai e praticamente esfregam na nossa cara diariamente.
O que fazer para essa pouca vergonha chamada política brasileira acabar?
Essa não consigo nem responder, e nem enrolar como fazem conosco.